Sonic - O Filme

Com a anormalidade pandémica do ano de 2020, também as principais estreias de cinema planeadas para este ano foram adiadas, a maior parte para o Outono, e algumas até para o próximo ano. É compreensível, pois não se podem fazer as premieres com a poupa e circunstância que a promoção dos filmes exige (e que traz a sua quota parte de receita).

Um dos filmes que estreou quando planeado foi Sonic - O Filme. Aparentemente, mais uma versão em imagem real de um famoso videojogo, que tantas horas fez passar a malta da minha idade agarrada à consola, tal a sua velocidade estonteante (para a época). Mas depois de ver o filme, até que nem é mau de todo.

Sim, continua a ser um filme adaptado de um videojogo. O ouriço azul está lá, como não podia deixar de ser, tem os anéis passa o filme todo a correr, seja a procurar os anéis, seja a fugir de um Doutor Robotnik excelentemente interpretado por Jim Carrey, que nos traz as suas famosas caretas de fazer rir.

O filme é agradável de ver, e traz a nostalgia do videojogo. E a história até tem o seu quê de estar bem construída, e até tem as suas piadas e cenas engraçadas, o que o torna um filme para toda a família.

Uma história de violência

Viggo Mortensen, o Aragorn da trilogia O Senhor dos Anéis, tem uma longa lista de filmes, alguns dos quais que passam, injustamente, despercebidos. Foi o que achei com este Uma história de violência, que se revelou um filme de suspense bastante surpreendente.
A personagem interpretada por Viggo Mortensen aparenta ser um notável pai de família e um cidadão exemplar na sua pacata cidade, respeitado por todos. Quando um par de malfeitores decide assaltar o seu restaurante, ele sozinho e numa ginástica inesperada, consegue livrar-se dos bandidos, e passa a ser reconhecido como um verdadeiro herói na cidade, algo que ele apenas tenta não valorizar.
Só que a notícia chega a outros locais remotos, e de um momento para o outro, vê-se confundido com um implacável assassino da máfia, e forçado a entrar numa escalada de violência contra a sua vontade.
Pelo meio, há um filho adolescente vítima de bullying no liceu, uma mulher jeitosa (Maria Bello) que cria a dúvida no enredo, e que aparece em nu integral onde se pode observar que os cabelos louros não condizem com o resto do corpo.
Um excelente filme de suspense, sem que a acção decorra num ritmo alucinante, e com uma boa história de suporte, algo a que o realizador David Cronenberg nos tem habituado ao longo da sua carreira.

Historia de violência - Trailer

Gifted

Foi durante uma das minhas sessões de zapping televisivo (que tenho muitas) que descobri este filme. 

Mente Brilhante (não confundir com o galardoado com 5 óscares Uma Mente Brilhante) relata a história de uma miúda de 7 anos, que é simplesmente sobredotada. As suas capacidades matemáticas estão ao nível dos melhores matemáticos e génios, e isso, como se vai percebendo no desenrolar do filme, é tanto uma benesse como uma maldição.

As suas capacidades extraordinárias trazem outras capacidades que seriam normais para uma menina da sua idade subdesenvolvidas, algo que o seu tio (Chris Evans) tenta colmatar, quase que forçando-a a ter uma vida normal.

Pelo meio do enredo, intromete-se uma avó também ela um génio da matemática, e que tem uma visão educativa diferente da do tio, o que desenrola numa batalha legal pela custódia da menina.

O filme é agradável de se ver, e apesar do final ser o que o espectador deseja, o caminho para lá chegar não é linear.

Uma interpretação bastante boa, sem ser digna de óscar, de Chris "Capitão América" Evans, num papel honesto e simples, coadjuvado pela excelente e galardoada Octavia Spencer, que interpreta a sua vizinha conselheira, que lhe tenta colocar o devido juízo na cabeça sempre que pode.

Disclaimer!

Já há bastante tempo que pensei em compilar umas ideias sobre filmes que vou vendo. Vejo muitos filmes, sempre que posso e que me deixam, sejam eles na televisão, no cinema (infelizmente cada vez menos), e especialmente quando viajo de comboio, para me entreter nas longas viagens de Alfa Pendular.
Não sou crítico de cinema, nem pretendo fazer disso a minha profissão. E devo dizer que, no que toca a críticos de cinema, a opinião deixa sempre muito a desejar.
Para mim o cinema também é, e essencialmente deve ser, entretenimento. Sim, gosto de uma boa história, de um filme clássico, de uns sustos de vez em quando, de sair do cinema ou de me ir deitar a pensar na mensagem do filme. Mas se não for suficiente para me entreter e querer ver o filme até ao fim, então não merece o meu tempo. Com tantos filmes que existem para ver, não quero mesmo perder o meu tempo a ver filmes que me roubam esse tempo de vida em que poderia estar a ver outro filme.
Isto quer dizer que os artigos sobre os filmes irão ser escritos por um fã e não por um crítico.
Como qualquer fã de cinema, tenho as minhas preferências temáticas e de géneros cinematográficos que irão estar descritas mais afincadamente nos posts deste blog.
Apenas como nota final, e como fã de cinema que sou, poderá haver spoilers sobre os filmes comentados. Leiam por vossa conta e risco e não digam que não foram avisados.
Bons filmes!